A UNESCO reconheceu Quanzhou, na província de Fujian, como a mais nova “Cidade Criativa da Gastronomia”, sendo a sétima cidade chinesa a receber a distinção. O resultado coroa uma tradição culinária formada ao longo de mais de um milênio, na qual migrantes da dinastia Jin trouxeram influências do norte, comerciantes da era Song conectaram técnicas de Suzhou ao Sudeste Asiático e tudo se fundiu na cozinha Minnan.
O governo municipal conduziu a candidatura com foco no patrimônio gastronômico local, destacando clássicos de Minnan, pratos da diáspora e práticas ligadas à antiga Rota Marítima da Seda. A candidatura considerou a integração entre gastronomia, turismo, patrimônio imaterial e cadeias produtivas, com ênfase em continuidade cultural e crescimento sustentável. A Associação de Culinária da China (CCA) atuou como parceira técnica no processo.
A cena culinária local é ampla e diversa. No café da manhã, sopas como o caldo de amendoim cremoso e o mian xian hu destacam a tradição de massas e caldos substanciais. Entre as especialidades mais conhecidas estão o pato ao gengibre, omeletes de ostras, rolinhos run bing e a sopa de carne. Nos lanches, sobressaem a gelatina stone flower, a sopa de quatro frutos, os fritos crocantes de yanpi e o tu sun dong, gelatina marinha típica da região.
Com o novo status, Quanzhou pretende intensificar a inovação gastronômica, ampliar a cooperação com outras cidades da rede e fortalecer a projeção internacional da cozinha Minnan.
A designação “Cidade Criativa da Gastronomia” integra uma das oito áreas temáticas da Rede de Cidades Criativas da UNESCO e estimula políticas e iniciativas que utilizam a alimentação como instrumento de sustentabilidade, inclusão e dinamização econômica. Antes de Quanzhou, a China já contava com Chengdu, Shunde (Foshan), Macau, Yangzhou, Huai’an e Chaozhou.







