Conheça a província chinesa de Qinghai

Conheça a província chinesa de Qinghai

No centro do planalto tibetano fica Qinghai, uma província de contrastes profundos. Com 720.000 km², seu território fica em uma altitude média de 3.000 metros. Ali nascem os rios  Yangtzé, Amarelo e Mekong, vitais para a China.

História

A história de Qinghai é uma tapeçaria de reinos efêmeros e rotas comerciais milenares. No século III d.C., os Tuyuhun, nômades mongólicos, estabeleceram seu reino às margens do Lago Qinghai (Koko Nor), apenas para sucumbir ao Império Tibetano no século VII. Durante séculos, a região flutuou entre controle tibetano e mongol, até a conquista definitiva pela Dinastia Qing em 1724, que implementou o "Decreto dos 13 Artigos" para governar estas terras fronteiriças. 

O ano de 1928 marcou um divisor de águas: a criação oficial da província sob o domínio da Clique Ma, senhores da guerra muçulmanos que modernizaram estradas e indústrias, mas suprimiram dissidências com mão de ferro. Com a revolução comunista em 1949, Qinghai integrouse à China moderna, preservando seu mosaico étnico — hoje, 44 grupos convivem aqui, com minorias como tibetanos (21%), hui (16%) e tu (4%) compondo 44% da população.  

Economia e Sociedade

A economia de Qinghai vive uma dualidade: tradições pastorais coexistem com megaprojetos industriais. A província abriga 18% das pastagens da China, sustentando 36 milhões de cabeças de gado, incluindo iaques cuja lã é transformada em artigos de luxo pela Shokay, cooperativa que gera renda para 2.000 famílias.  

Recursos Minerais: A Bacia Qaidam, com sua paisagem "marciana", é um celeiro de lítio, potássio e petróleo, atraindo investimentos estrangeiros sob políticas fiscais vantajosas (isenção de taxas por 10 anos para projetos estratégicos).  

Energia Verde: O canyon de Longyangxia, no Rio Amarelo, abriga uma hidrelétrica gigante (capacidade: 21.66 GW), símbolo da transição energética chinesa.  

Sua composição demográfica reúne as etnias han, tibetana, hui, tu e salar. 

Roteiros Imperdíveis  

  1. Lago Qinghai (Koko Nor):  

Maior lago salgado da Ásia (4.635 km²), é um santuário para 500.000 aves migratórias, como gansoscabeçalistrada — únicas aves que cruzam o Everest. Ciclismo e hospedagem em yurts tibetanos oferecem imersão na paisagem sagrada.  

  1. Monastério Kumbum (Ta’er):  

Berço do budismo Gelug, este complexo em Xining exibe esculturas em manteiga de iaque e debates filosóficos entre lamas. Suas telhas douradas brilham sob o sol do planalto, atraindo peregrinos há 400 anos.  

  1. Lago Salgado Chaka:  

O "espelho do céu" reflete montanhas e nuvens com clareza surreal. À noite, formações de sal cristalizamse como estrelas caídas, criando cenários para noivos chineses em ensaios fotográficos.  

Ecoturismo Inovador

 AmdoCraft: Cooperativa de nômades tibetanos que tecem bolsas e xales de lã de iaque, vendidos globalmente.  

 Terras de Caça de Dulan: Área regulamentada para observação de gazelas e antílopes raros. 

Gostou da publicação ? Então compartilhe!

Receba nossos conteúdos exclusivos

Assine nossa newsletter e fique por dentro de todos nossos conteúdos exclusivos em primeira mão, não perca essa chance, assine!